China investe em energia solar em Angola e Nigéria: Por que Moçambique ainda espera?

7 Jul, 2025 | Tecnologia

A Corrida Africana Pela Energia Solar Já Começou

Com o avanço das mudanças climáticas e a necessidade urgente de eletrificação sustentável, a energia solar tornou-se a aposta do momento na África. E quem está liderando os investimentos? A China. Angola e Nigéria já assinaram megaprojetos solares com empresas chinesas, enquanto Moçambique, apesar do enorme potencial solar, segue em ritmo lento.

Angola e Nigéria na Frente

Ambos os países fecharam acordos bilionários com empresas como PowerChina, Huawei Solar e LONGi para:

  • Construção de parques solares de larga escala
  • Eletrificação rural e industrial com painéis solares
  • Formação técnica e transferência de tecnologia local

Angola, por exemplo, vai instalar 370 MW de energia solar até 2025. A Nigéria, com apoio chinês, avança em projetos híbridos que combinam solar com baterias de lítio.

Moçambique: Potencial Gigante, Avanço Lento

Moçambique possui altos índices de radiação solar, especialmente nas províncias de Gaza, Inhambane e Tete. No entanto:

  • Ainda depende fortemente de hidrelétricas e combustíveis fósseis
  • Poucos projetos solares saíram do papel
  • Falta clareza em políticas de incentivo ao investimento estrangeiro
  • A burocracia e instabilidade regulatória afastam investidores

Mesmo com interesse chinês em atuar no país, a ausência de estrutura e estratégia nacional limita a concretização desses projetos.

O Que Moçambique Pode Fazer Agora?

  • Rever políticas de licenciamento e concessão de terras
  • Criar incentivos fiscais e garantias de financiamento verde
  • Estimular parcerias público-privadas com empresas chinesas
  • Investir na formação de jovens técnicos em energia solar
  • Estabelecer uma agenda clara de transição energética

Conclusão

A China está pronta para investir onde há visão e estabilidade. Angola e Nigéria entenderam isso — e já colhem os frutos. Moçambique, com sua geografia privilegiada e relações sólidas com a China, não pode perder essa oportunidade. O futuro energético está no sol — mas ele precisa de ação política para brilhar.

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